quinta-feira, 18 de junho de 2009

Antonio Silvino, o Rifle de Ouro

Sobre mim :

Nunca gostei muito de meu pai, ele nunca mi levava para ver o jogo da Náutico, meu time de coração, eu sempre tinha de assistir da TV até que meu tio chegasse para me buscar para ver o jogo, então era só felicidade.

Eu sempre pedia para meu pai me dar uma bola, mas ele sempre falava '' Filho, na sua idade eu nao pedia brinquedos, e sim trabalhava para sobreviver''. Após a morte de meu pai, eu, junto com meu irmão, nos mandamos para o cangaço, e nos tornamos cangaceiros. Naquela epoca nao era tão facil como hoje, hoje por exemplo, os traficantes vão presos e só fazem ligar do celular e são resgatados. Se fosse assim na minha epoca, ninguem dessistiria de ser cangaceiro, é por isso que os homens de hoje estão "moles" desse jeito, têm tudo na mão, não tem que lutar por nada. Na minha epoca havia um ditado " Ou se mata, ou se morre " não existia "justiça" para os foras da lei. Os policias eram mais interessados pelo seu trabalho, eu lembro até hoje de um infeliz chamado Alferes Joaquim Henriques de Araujo, esse eu tenho de adimitir, tinha muita garra, não dessistiu facilmente, e acabou se tornando chefe da policia militar paraibana. Além dele, houve outro policial que me deu muito trabalho, era o Alferes Teófanes Ferraz Torres, delegado do municipio de Taquaritinga. Esse foi o melhor, ele consegiu me prender em 1914. Embora o grande esforço do Teófanes, eu só fiquei 23 anos, pois, eu era muito comportado, e em 1937 fui solto por Getúlio Vargas. Após ter sido solto, resolvi me aposentar, soube que o dinheiro dado do INSS para os cangaçeiros estava e alto. Então, fui para casa de minha prima, para lá fui e lá fiquei, até que eu morri em 30 de julho de 1944, mas ao contrario de muitos cangaçeiros, nao morri assasinado, e sim de morte-morrida mesmo. Até hoje eu imagino o que minha prima disse quando eu morri, ela deve ter dito : " Ainda bem, já estava me irritando ".

João Vitor 8A

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